Os gestores governamentais Guilherme Rebouças e Guilherme Uberti, que fazem parte do Sindicato dos Integrantes da Carreira de Gestão Pública do Estado de Sergipe (Singeps), estão atuando no Sergipe 2050. O programa é uma política de Estado que transcende mandatos e planeja ações para os próximos 26 anos, com o objetivo de prever o que deverá ser priorizado para beneficiar essa e as próximas gerações.
Guilherme Rebouças é Diretor de Planejamento de Longo Prazo de Projetos Estruturantes da Agência Sergipe de Desenvolvimento, que foi encarregada de realizar a coordenação executiva do Sergipe 2050.
O gestor governamental comentou como está sendo definido o planejamento para a efetividade das ações. “Nós realizamos uma oficina na qual definimos o que chamamos de aspectos fundamentais para o futuro de Sergipe. Pedi aos participantes que olhassem especialmente para esses aspectos, focando em como será o futuro de Sergipe em áreas como educação e cultura. Também discutimos o futuro do estado em relação à inovação, à produtividade e competitividade da nossa economia, assim como as políticas sociais. Além disso, abordamos questões ambientais, das cidades e da infraestrutura”, diz Rebouças.
Segundo o gestor, cada setor tem especialistas designados para definir os aspectos fundamentais de forma aprofundada, para uma previsão adequada do que está por vir.
“Quando pergunto a um especialista em educação, por exemplo, ele se questiona sobre o futuro desse campo e considera cenários possíveis. Ele pode prever que as salas de aula se tornem ambientes híbridos, combinando o presencial com o virtual. Se estivermos em uma sociedade hiperconectada, com uma boa infraestrutura de comunicação de dados, é possível que ferramentas pedagógicas sejam cada vez mais integradas ao espaço virtual, contribuindo para o projeto pedagógico”, explica.
Esfera técnica
Na esfera técnica do Programa Sergipe 2050, o gestor governamental Guilherme Uberti, que trabalha na Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan), fica responsável por sistematizar informações coletadas e enviar questionários aos especialistas que definem os aspectos fundamentais.
“Eu atuo bastante na parte técnica do trabalho. Sou responsável por sistematizar todas as informações que coletamos. Isso inclui enviar os questionários aos especialistas e tratar todas as ‘sementes de futuro’ que identificamos. Além disso, realizamos uma ampla análise do que outros estudos de futuro dizem sobre o longo prazo. Tivemos o trabalho de traduzir e adaptar as informações de diversas fontes de pesquisa e análise sobre o futuro para a realidade sergipana”, pontua Uberti.
Próximos passos
O Diretor de Planejamento de Longo Prazo de Projetos Estruturantes, Guilherme Rebouças, explicou que o Programa Sergipe 2050 possui parceria com 12 instituições, que integram o comitê gestor.
“No final do ano, essas instituições vão levar para um conselho de desenvolvimento os resultados obtidos e assim, questionar quais dos futuros previstos devem ser levados adiante, para chegar a um consenso sobre os cenários que o Estado vai perseguir”.
Sergipe 2050
O Programa Sergipe 2050 é coordenado pela Secretaria de Estado da Casa Civil, por meio da Seplan, com coordenação executiva da Desenvolve-SE. Neste ano de 2024, o Sergipe 2050 avançou na sua implementação com a criação da Seplan e a assinatura de um termo de cooperação técnica entre os representantes do Estado.
Também compõem o Comitê Gestor do Sergipe 2050 o Banco do Estado de Sergipe (Banese); o Instituto Banese; a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese); a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese); a Universidade Tiradentes (Unit); o Tiradentes Innovation Center; a Universidade Federal de Sergipe (UFS); a Central Única das Favelas (Cufa); a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio); o Instituto Euvaldo Lodi (IEL); o Sebrae e o Fórum Empresarial de Sergipe.